quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Alagoas avança 17 posições e deixa para trás o título de campeão nacional de mortalidade infantil





O dia de hoje começou muito feliz, com a notícia de que o Estado de Alagoas está agora no 17º lugar em mortalidade infantil, sendo também o que mais avançou na redução deste indicador. Passei anos repercutindo uma triste notícia: “Alagoas é o campeão nacional em mortalidade infantil”. No início dos anos 2000, quando o quadro começou a ser revertido, passamos a noticiar: “Alagoas foi o estado que mais avançou na redução da mortalidade infantil, mas ainda detém o pior índice.”

Informar, ainda no ano passado, que o Estado havia saído do desconfortável primeiro para o 11º lugar já foi muito animador. Mais bebês nascem e se criam em Alagoas. E hoje de manhã, quando ouvi o representante nacional do Unicef, Gary Stahl, anunciar na TV que Alagoas avançou para a 17ª posição nacional, ou seja, deixou ainda mais para trás a triste realidade de ser o Estado onde mais morriam bebês, foi como abrir a porta para receber um presente muito desejado.


Segundo os números do Unicef, de cada mil bebês nascidos vivos, ainda morrem 20 antes de completar o 1º ano. O índice nacional é de 19 por mil. Mas o governador Teotonio Vilela lembrou, na solenidade em que foi anunciada esta nova realidade da infância alagoana, que estes números são de 2009. Ele afirmou que agora, em 2012, são 15 por mil. Ou seja, o Estado continua avançando na implantação de políticas de atenção à criança.


E quando falo Estado, falo Governo, prefeituras, entidades não governamentais, lideranças comunitárias, pais que cuidam dos filhos, mães que fazem o pré-natal, conselheiros tutelares que fiscalizam como está a atenção à infância nas comunidades que representam, conselheiros escolares atentos à frequência escolar. Ou seja, o poder político cumprindo sua parte e a sociedade civil se apropriando dessa realidade para garantir que o que está bom se perpetue e defender a melhoria dos aspectos que não estão funcionando a contento.


Hoje de manhã, na entrevista à TV Gazeta, o representante nacional do Unicef lembrou que a participação popular é um dos indicadores avaliados para a obtenção do selo Município Aprovado – um Mundo Melhor para o Semiárido, concedido aos municípios que mais avançam na garantia dos direitos constitucionais para a infância e a adolescência.  Ele enfatizou que é o cuidado da comunidade beneficiária desses avanços que vai garantir sua sustentabilidade.


Os indicadores melhoraram, as políticas de atenção materno-infantil e perinatal avançaram, mas ainda não atingiram o patamar ideal. Para que continuem a avançar, sem que haja retroação ou estagnação, todos os parceiros devem manter-se ciosos de suas atribuições e  vigilantes de que essa notícia, que hoje me deixou feliz, seja só a chamada para outras melhores ainda.  


Os resultados dessa conquista, assim como os desafios a superar, estão relatados no livro Avanços e Desafios – A Redução da Mortalidade Infantil em Alagoas, lançado pelo Unicef nesta quinta-feira, 20 de dezembro de 2012.