O dia de hoje
começou muito feliz, com a notícia de que o Estado de Alagoas está agora no 17º
lugar em mortalidade infantil, sendo também o que mais avançou na redução deste
indicador. Passei anos repercutindo uma triste notícia: “Alagoas é o campeão
nacional em mortalidade infantil”. No início dos anos 2000, quando o quadro
começou a ser revertido, passamos a noticiar: “Alagoas foi o estado que mais
avançou na redução da mortalidade infantil, mas ainda detém o pior índice.”
Informar, ainda
no ano passado, que o Estado havia saído do desconfortável primeiro para o 11º lugar
já foi muito animador. Mais bebês nascem e se criam em Alagoas. E hoje de
manhã, quando ouvi o representante nacional do Unicef, Gary Stahl, anunciar na
TV que Alagoas avançou para a 17ª posição nacional, ou seja, deixou ainda mais para
trás a triste realidade de ser o Estado onde mais morriam bebês, foi como abrir
a porta para receber um presente muito desejado.
Segundo os números
do Unicef, de cada mil bebês nascidos vivos, ainda morrem 20 antes de completar
o 1º ano. O índice nacional é de 19 por mil. Mas o governador Teotonio Vilela
lembrou, na solenidade em que foi anunciada esta nova realidade da infância
alagoana, que estes números são de 2009. Ele afirmou que agora, em 2012, são 15
por mil. Ou seja, o Estado continua avançando na implantação de políticas de
atenção à criança.
E quando falo Estado,
falo Governo, prefeituras, entidades não governamentais, lideranças comunitárias,
pais que cuidam dos filhos, mães que fazem o pré-natal, conselheiros tutelares
que fiscalizam como está a atenção à infância nas comunidades que representam,
conselheiros escolares atentos à frequência escolar. Ou seja, o poder político
cumprindo sua parte e a sociedade civil se apropriando dessa realidade para
garantir que o que está bom se perpetue e defender a melhoria dos aspectos que não
estão funcionando a contento.
Hoje de manhã,
na entrevista à TV Gazeta, o representante nacional do Unicef lembrou que a
participação popular é um dos indicadores avaliados para a obtenção do selo
Município Aprovado – um Mundo Melhor para o Semiárido, concedido aos municípios
que mais avançam na garantia dos direitos constitucionais para a infância e a
adolescência. Ele enfatizou que é o
cuidado da comunidade beneficiária desses avanços que vai garantir sua
sustentabilidade.
Os indicadores
melhoraram, as políticas de atenção materno-infantil e perinatal avançaram, mas
ainda não atingiram o patamar ideal. Para que continuem a avançar, sem que haja
retroação ou estagnação, todos os parceiros devem manter-se ciosos de suas
atribuições e vigilantes de que essa notícia,
que hoje me deixou feliz, seja só a chamada para outras melhores ainda.
Os resultados
dessa conquista, assim como os desafios a superar, estão relatados no livro
Avanços e Desafios – A Redução da Mortalidade Infantil em Alagoas, lançado pelo
Unicef nesta quinta-feira, 20 de dezembro de 2012.