I Semana Alagoana de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes acontece de 13 a 18 de maio |
Todos
os anos, o dia 18 de maio é dedicado a atividades de alerta e orientação para a
prevenção e o enfrentamento do abuso e da violência sexual contra crianças e
adolescentes. Este ano, órgãos estatais, entidades assistenciais e instituições
reuniram-se para ampliar a programação e o alcance das atividades, convocando a
sociedade a participar da I Semana Alagoana de Enfrentamento à Violência e
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que começa no dia 13 e será
encerrada no sábado, dia 18 de maio.
Cientes
da gravidade do problema, que afetou pelo menos 3 mil alagoanos em 2012,
segundo dados do Disque 100, a parte da sociedade alagoana engajada na defesa
da infância resolveu ampliar a pauta e o período de discussões e
conscientização em torno do problema, que na maioria das vezes, está dentro de
casa, supostamente “escondido” pela inviolabilidade.
Mas
que não se enganem os abusadores ou quem acha que o que se passa na casa do
vizinho a ele pertence, inclusive, práticas violentas. A violência sexual é
visível, porque afeta não apenas fisicamente, mas transtorna psicologicamente
meninas e meninos agredidos, que adquirem transtornos e mudanças de comportamento
perceptíveis pelas pessoas próximas, como colegas de escola, professores e
vizinhos, mais ainda os pais e irmãos.
Falar
ou denunciar o problema não é fácil para as vítimas, considerando que
normalmente, o agressor tem ascendência sobre a criança, como é o caso de pais
e padrastos. Também há casos em que adultos atribuem à própria vítima a indução
ou sedução do agressor, revitimizando-a, em vez de protegê-la.
A
ameaça é outro fator inibidor da denúncia desse tipo de violência, sem falar da
vergonha que as vítimas e familiares sentem em contar o que sofreram. No ano
passado, ficou nacionalmente conhecido o depoimento da apresentadora Xuxa, que
só agora sentiu segurança para declarar ter sido vítima de abuso na infância.
As
marcas da violência sexual são visíveis, observáveis, mesmo que não sejam
físicas. Segundo o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente
(Cedca), meninos e meninas vítimas de abuso apresentam alterações de humor,
comportamentos agressivos ou regressivos, sonolência, perda de apetite, perda
de autoestima, insegurança, comportamento sexual inadequado para a idade,
isolamento, fuga, medo de estranhos, de escuro e – muito importante – clara
rejeição à presença do agressor. Sem falar em dores, hematomas e machucados,
doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce.
O
amor, o cuidado, o senso de proteção, de responsabilidade e de compromisso com
a infância são instrumentos fundamentais para salvar e proteger nossos meninos
e nossas meninas.
Fora
da esfera familiar, há muitos – e eficientes – instrumentos de proteção
psicossocial, jurídica, médica e humana. O Conselho Tutelar – site com informações
nesta página – pode viabilizar o acesso a toda a rede de proteção, que inclui secretarias
estaduais e municipais, delegacias, órgãos do Poder Judiciário, polícias,
instituições e entidades não governamentais. Mesmo sem sair de casa, é possível
denunciar casos de violação através do Disque 100.
A
programação completa pode ser conferida no slide abaixo:
Programação estadual do dia 18 de maio 1 from Elenilda Oliveira
Para obter contatos para entrevistas, matérias e reportagens: (82) 8833-2461.
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