terça-feira, 7 de maio de 2013

Alagoas amplia enfrentamento à violência sexual



I Semana Alagoana de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes acontece de 13 a 18 de maio

Todos os anos, o dia 18 de maio é dedicado a atividades de alerta e orientação para a prevenção e o enfrentamento do abuso e da violência sexual contra crianças e adolescentes. Este ano, órgãos estatais, entidades assistenciais e instituições reuniram-se para ampliar a programação e o alcance das atividades, convocando a sociedade a participar da I Semana Alagoana de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que começa no dia 13 e será encerrada no sábado, dia 18 de maio.

Cientes da gravidade do problema, que afetou pelo menos 3 mil alagoanos em 2012, segundo dados do Disque 100, a parte da sociedade alagoana engajada na defesa da infância resolveu ampliar a pauta e o período de discussões e conscientização em torno do problema, que na maioria das vezes, está dentro de casa, supostamente “escondido” pela inviolabilidade.

Mas que não se enganem os abusadores ou quem acha que o que se passa na casa do vizinho a ele pertence, inclusive, práticas violentas. A violência sexual é visível, porque afeta não apenas fisicamente, mas transtorna psicologicamente meninas e meninos agredidos, que adquirem transtornos e mudanças de comportamento perceptíveis pelas pessoas próximas, como colegas de escola, professores e vizinhos, mais ainda os pais e irmãos.


Falar ou denunciar o problema não é fácil para as vítimas, considerando que normalmente, o agressor tem ascendência sobre a criança, como é o caso de pais e padrastos. Também há casos em que adultos atribuem à própria vítima a indução ou sedução do agressor, revitimizando-a, em vez de protegê-la.


A ameaça é outro fator inibidor da denúncia desse tipo de violência, sem falar da vergonha que as vítimas e familiares sentem em contar o que sofreram. No ano passado, ficou nacionalmente conhecido o depoimento da apresentadora Xuxa, que só agora sentiu segurança para declarar ter sido vítima de abuso na infância. 


As marcas da violência sexual são visíveis, observáveis, mesmo que não sejam físicas. Segundo o Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), meninos e meninas vítimas de abuso apresentam alterações de humor, comportamentos agressivos ou regressivos, sonolência, perda de apetite, perda de autoestima, insegurança, comportamento sexual inadequado para a idade, isolamento, fuga, medo de estranhos, de escuro e – muito importante – clara rejeição à presença do agressor. Sem falar em dores, hematomas e machucados, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce.


O amor, o cuidado, o senso de proteção, de responsabilidade e de compromisso com a infância são instrumentos fundamentais para salvar e proteger nossos meninos e nossas meninas.  


Fora da esfera familiar, há muitos – e eficientes – instrumentos de proteção psicossocial, jurídica, médica e humana. O Conselho Tutelar – site com informações nesta página – pode viabilizar o acesso a toda a rede de proteção, que inclui secretarias estaduais e municipais, delegacias, órgãos do Poder Judiciário, polícias, instituições e entidades não governamentais. Mesmo sem sair de casa, é possível denunciar casos de violação através do Disque 100. 


A programação completa pode ser conferida no slide abaixo: 


Programação estadual do dia 18 de maio 1 from Elenilda Oliveira

Para obter contatos para entrevistas, matérias e reportagens: (82) 8833-2461.